segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cyrus - Não Se Meta Com Minha Mãe

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Cyrus - Não Se Meta com Minha Mãe (Cyrus, 2010)


Estreia oficial: 18 de junho de 2010
Estreia no Brasil: 5 de novembro de 2010
IMDb



"Cyrus", escrito e dirigido pelos irmãos Jay e Mark Duplass, é um filme centrado em seus personagens e diálogos. Sem muitos arroubos estéticos, o filme é feito quase todo com câmera na mão e com planos fechadíssimos e, embora distribuído por um grande estúdio (a Fox Searchlight), preserva características do cinema independente estadunidense.

O roteiro, um misto de comédia e drama romântico, consegue equilibrar bem estes elementos, e conta a história do envolvimento entre John (John C. Reilly), Molly (Marisa Tomei) e seu filho Cyrus (Jonah Hill). Sim, coloquei de um jeito que faz parecer um triângulo amoroso. O que, de uma maneira bizarra, é exatamente o que ocorre.

A relação entre os três vai se desenvolvendo de maneira estranha, mas tratada com muita delicadeza pelos autores para que não caia no caricato ou ridículo. O desenvolvimento dos personagens (como é típico do cinema independente norte-americano) é o que há de melhor no filme, assim como as atuações.

John C. Reilly empresta seu ar de loser a John, e o faz com perfeição, ao mesmo tempo em que compõe o personagem como um sujeito sensível, verdadeiro e extremamente inseguro. Marisa Tomei, por sua vez, empresta seu habitual carisma a Molly, porém, sem transformá-la em um mulher perfeita. Ela sabe que cometeu excessos na educação do seu filho, mas não consegue admitir que o garoto não seja aquilo que ela imagina. Mas é Jonah Hill quem rouba a cena. Seu Cyrus é um verdadeiro dilema. Nunca conseguimos o compreender totalmente. Hill, sabiamente, mantém seu olhar sempre longe, como que pensando em algo a mais do que está falando, tornando impossível decifrá-lo por completo. Já havendo demonstrado seu ótimo timing para a comédia em seus trabalhos anteriores, Hill mostra aqui que também sabe fazer trabalhos mais densos e complexos.

Finalmente, "Cyrus" fala de amor: amor entre um homem e uma mulher, amor materno, amor de filho e mãe, amor entre ex-casados... Amor em suas mais variadas e verdadeiras formas. Simples e comovente. Engraçado e intimista. Enfim, merece ser visto.

Fica a dica!


por Melissa Lipinski
--------------------------


É uma comédia. Não, não. É um filme de drama. Opa, é de comédia.

Sim, vendo o filme você fica com essa dúvida o tempo todo. O filme transita entre a comédia e o drama e isso foi muito bom. Curti.

John C. Reilly e Marisa Tomei têm uma interação muito boa, mas Jonah Hill rouba totalmente a atenção quando está em cena. Na verdade ele deixa desconsertado até a nós espectadores.

Quanto ao ritmo, o filme dá pequenas derrapadas, mas nada que comprometa o todo.

Fico por aqui.


por Oscar R. Júnior



2 comentários:

Rafael W. disse...

É um bom filme, mas Jonah Hill e seu personagem me irritaram completamente, foi quase impossível levar o filme até o fim.

http://cinelupinha.blogspot.com/

Oscar disse...

Mas não acha que é essa a intenção da personagem dele? Nos deixar desconcertados e com raiva. hehe

abs
Oscar