sábado, 9 de julho de 2011

Harry Potter e a Pedra Filosofal

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Sorcerer's Stone, 2001)

Estreia oficial: 16 de novembro de 2001
Estreia no Brasil: 23 de novembro de 2001
IMDb



Este primeiro filme do bruxo Harry Potter é uma adaptação bastante fiel ao livro homônimo escrito por J.K. Howling. Claro que certos fatos foram suprimidos ou alterados, afinal, levar às telas todos os detalhes da obra escrita seria um fato impossível.

E, parte deste êxito, deve-se ao trio de protagonistas escolhidos para interpretar Harry, Ron e Hermione. Respectivamente, Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson interpretam seus personagens com uma naturalidade impressionante. Porém, fica a cargo do elenco secundário - grandes atores britânicos - os grandes destaques. Particularmente sou fã de Snape, e a interpretação de Alan Rickman fez com que eu gostasse ainda mais do personagem.

Porém, o roteiro de Steve Kloves não tem a mesma fluidez da narrativa literária de Howling, e a trama, assim, ganha uma cara episódica, onde a passagem do tempo parece demasiada corrida, e, ao final, a sensação de que um ano inteiro se passou, soa forçada.

Outra sensação que o filme traz (e que não me recordo do livro) é a aparente predileção e impunidade com que os alunos da Grifinória são tratados. Por mais que os três protagonistas sejam dessa casa, no livro não me parece que haja um protecionismo por parte da autora, e os três são punidos pelos seus atos, ao mesmo tempo em que sofrem com o desprezo de seus colegas, fato que jamais ocorre no filme. Dessa forma, os perigos enfrentados por Harry e seus dois amigos não soam tão preocupantes e urgentes quanto no livro.

Já a parte do visual é impecável. Ainda que os efeitos visuais vistos durante a partida que quadribol sejam um tanto quanto desejosos, no restante do filme, sempre convencem. E a direção de arte é primorosa em todos os seus detalhes.

Finalmente, o consagrado compositor John Williams consegue criar um tema marcante para o personagem. Enfim, a versão cinematográfica do primeiro capítulo da história do bruxo mais famoso do mundo não decepciona, e é só a promessa de uma grande saga.


por Melissa Lipinski


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