quarta-feira, 20 de abril de 2011

Todos Dizem Eu Te Amo

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Todos Dizem Eu Te Amo (Everyone Says I Love You, 1996)

Estreia oficial: 3 de janeiro de 1997
Estreia no Brasil: 27 de março de 1997
IMDb



Essa semana revi "Todos Dizem Eu Te Amo", que, na minha humilde opinião, é uma das obras-primas de Woody Allen. Um filme que não envelhece. Aliás, os bons filmes são assim, não é mesmo? Não ficam datados. São até mesmo como os bons vinhos: quanto mais o tempo passa, ficam ainda melhores.

Woody Allen tem (ou pelo menos tinha) essa capacidade de se renovar a cada trabalho. Não havia limites para sua imaginação e criatividade. Ultimamente acho que ele já está ficando cansado... Afinal, de contas, ele já está com 75 anos de idade, e em 45 anos - atua como diretor desde 1966 - produziu a "bagatela" de 41 longas-metragem. É mole?

Neste filme, Allen homenageia os musicais, gênero que tanto tempo seduziu os espectadores, principalmente os estadunidenses. A diferença "alleniana", digamos assim, é que aqui, a maioria dos atores não sabe cantar direito, e nem tem voz para isso. É o caso de Edward Norton, Drew Barrymore, Julia Roberts, Natalie Portman, Tim Roth, e, inclusive, o próprio Woody Allen.

No entanto, são justamente as cenas musicais o ponto alto do longa. Logo no início, vemos um desajeitado Edward Norton tentando fazer alguns passos de dança. É hilário. O destaque, claro, fica com a melhor coreografia do filme, aquela interpretada por Allen e Goldie Hawn, a já clássica cena em que eles dançam e ela "flutua" à beira do rio Sena, em Paris.

Quanto às atuações não há o que comentar, todos estão muito bem (especialmente Goldie Hawn), o que é praxe nos filmes de Woody Allen, já que ele é conhecido por ser um ótimo diretor de atores.

A história é simples, descomplicada e, como tantas outras do roteirista/diretor, pontuada pelas neuroses e inseguranças de relacionamentos e da vida cotidiana.

Enfim, pode não ser um "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (1977), ou um "Hannah e Suas Irmãs" (1986), ou ainda um "Manhattan" (1979). Mas ainda assim, é um dos melhores longas deste tão talentoso gênio da cinematografia mundial.

Fica a dica!


por Melissa Lipinski


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