terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Os Homens Que Não Amavam as Mulheres

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Homens Que Não Amavam as Mulhers, Os (Män Som Hatar Kvinnor, 2009)

Estreia oficial: 27 de fevereiro de 2009
Estreia no Brasil: 14 de maio de 2010
IMDb



Este "Os Homens Que Não Amavam as Mulheres" é a adaptação do primeiro livro da trilogia "Millennium", escrita pelo jornalista sueco Stieg Larsson, que não chegou a ver o sucesso dos seus livros, pois morreu logo após tê-los entregue à editora. Só na Suécia, os livros já venderam mais de três milhões de exemplares, e agora, começa a fazer sucesso também nas Américas, cativando cada vez mais leitores, entre eles, essa que vos tecla. De leitura fácil, os suspenses policias de Larsson cativam pela fluidez da narrativa e pela envolvente construção dos personagens.

Claro que o filme traz alterações com relação ao livro, principalmente estruturais e de características de seus personagens. Porém, o principal elemento da obra de Larsson ficou preservado quase que integralmente: a sua protagonista, Lisbeth Salander.

Tanto no livro como no filme, o destaque fica por conta da (anti-)heroína (Noome Rapace). Uma personagem que passa longe do perfil de 'mocinha'. Uma hacker, tatuada e cheia de piercings, Lisbeth é introspectiva e sabe ser bastante violenta quando quer. Não sabe se relacionar com as pessoas, mas possui uma inteligência racional e matemática muito acima da média. A atuação de Rapace é o que move o longa, ela soube passar à personagem toda a sua força e também toda a sua fragilidade disfarçada.


Já Michael Nyqvist não consegue dar o carisma que seu personagem, Mikael Blomkvist, necessitava, já que, uma de suas características, além de ser um ótimo jornalista investigativo, é ser um sedutor. O filme não aborda tanto esse lado do personagem, e ele me parece pouco explorado e desenvolvido pelo roteiro.

Entretanto, a história funciona, e vai envolvendo o espectador à medida que vai se revelando, já que o espectador vai descobrindo, jutamente com seus investigadores, Mikael e Lisbeth, o que de fato aconteceu. O roteiro é bem amarrado e suas reviravoltas prendem o espectador, porém o diretor Niels Arden Oplev peca por não conseguir segurar o ritmo do filme, e há momentos em que a trama fica mais arrastada. Talvez por isso, nas duas sequências suecas (ambas também de 2009), o diretor foi substituído por Daniel Alfredson.

Mas a verdade é que o filme funciona. E é claro, não poderia ter passado desapercebido por Hollywood que já está gravando a sua versão, com Daniel Craig no papel do jornalista, e Rooney Mara (de "
A Rede Social") como a hacker com tatuagem de dragão, justamente o nome que a produção estadunidense leva - "The Girl with the Dragon Tattoo" (que, se não me engano, é o nome do primeiro livro em inglês). No geral, remakes feitos em Hollywood não me agradam e sempre fico com o pé atrás a seu respeito. Porém aqui, há um diferencial, essa versão 'yankee' será dirigida por ninguém menos que David Fincher (de quem sou fã de carteirinha). Talvez seja o filme que vá mudar minhas impressões com relação a regravações… Talvez…

Mas até lá, vale a pena conferir os filmes suecos. Eu já vou me preparar parar assistir as continuações…

Fica a dica!


por Melissa Lipinski

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Envolvente. É o melhor adjetivo para o "Os Homens Que Não Amavam as Mulheres", filme sueco baseado em livro de mesmo nome. Não li o livro, mas achei o filme muito bem construído.

O filme é centrado na investigação do sumiço e provável morte de uma jovem 40 anos atrás. O roteiro é muito bem construído. Entramos com tudo na história, investigando fotos e jornais para descobrir o que pode ter acontecido com a jovem. O filme consegue nos manter "grudados" na tela o tempo inteiro pelo anseio de desvendar o mistério junto com as personagens.

O elenco está muito bem mas quem chama mais a atenção é a Lisbeth (Noomi Rapace). Corpo esquelético, com seu estilo punk, esta personagem é a que nos oferece maior contato com seus anseios e medos, pois temos pouquíssimo contato com o emocional de Blomkvist (Michael Nyqvist).

Por fim, só achei estranho que os três filmes foram lançados em 2009 (os outros são "
A Menina Que Brincava com Fogo" e "A Rainha do Castelo de Ar") E não tão estranho assim é que Hollywood vai regravar o filme com previsão de lançar ainda em 2011. AAAAA, por quê????? A única coisa boa é que o diretor é David Fincher (que já dirigiu "Clube da Luta", "O Curioso Caso de Benjamin Button", "A Rede Social" entre outros).

Recomendo.


por Oscar R. Júnior


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