sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Um Sonho de Amor

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.


Sonho de Amor, Um (Io Sono l'Amore, 2009)

Estreia Oficial: 19 de março de 2009
Estreia no Brasil: sem data prevista
IMDb


 

"Eu Sou o Amor", do diretor Luca Guadagnino, tenta resgatar o antigo charme dos tempos áureos dos filmes italianos, porém não consegue ser bem sucedido. A própria fotografia lembra os clássicos de Luchino Visconti, por exemplo.

Um dos pontos positivos do filme é que ele exige um pouco mais do espectador do que os filmes comerciais geralmente o fazem. É necessária certa atenção para acompanhar todos os meandros da história, já que os fatos não nos são esntregues mastigados, o que, certamente, vai irritar os mais desavisados (ou alienados?). Porém, o que começa bem, acaba terminando mal. Toda delicadeza e sutileza com a qual a história é levada no começo, acaba sendo jogada fora em um terceiro ato onde tudo acontece às pressas e sem explicações. Sem contar o plano final do filme, que surge até meio piegas.

Acho que, ao tentar retomar os grandes realizadores italianos, Guadagnino acabou por se perder e fazer uma salada um tanto estranha. É clara a alusão a Federico Fellini na cena em que Emma (Tilda Swinton) acha uma carta escrita pela filha Betta (Alba Rohrwacher) e endereçada ao outro filho Edoardo (Flavio Parenti), ao colocar Betta lendo o conteúdo da tal carta, caminhando e olhando para a câmera. Também há referências à obra de Luchino Visconti, sendo que a própria trama do filme remete um pouco à "Rocco e Seus Irmãos" (1960). Enfim, o diretor tentou misturar tantas referências que acabou por fazer um filme um pouco confuso, onde alguns planos apenas aparecem por serem belos visualmente, sem uma ligação direta ou função na história contada.

Mas as atuações são boas, principalmente a de Tilda Swinton, que domina o filme. E a trilha sonora de John Adams é muito bem utilizada.

O que fica no final das contas, é a sensação - como o roteiro quer passar - de que tudo muda na vida: de preferências sexuais à nacionalidade; do corte de cabelo ao estilo de roupas que se usa; do antigo casamento formal e desgastado ao novo amante passional. A única coisa que não muda mesmo é a morte. Se era isso que Luca Guadagnino queria mostrar, conseguiu… Com um pouco de rebuscamento em excesso, é verdade, mas conseguiu.


por Melissa Lipinski

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Assistindo esse filme tive a sensação que estou muito "americanizado". O filme tem uma construção que me causou estranheza em vários momentos. Gostei mesmo assim.

Ponto positivo para a Tilda Swinton que está excelente. O resto não me chamou a atenção.
Para finalizar, gostei do final, hehe.

Abraços.

por Oscar R. Júnior


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