terça-feira, 2 de março de 2010

Nine

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Nine (Nine, 2009)

Estreia Oficial: 18 de dezembro de 2009
Estreia no Brasil: 29 de janeiro de 2010
IMDb



"Nine" tinha tudo para dar certo: Daniel Day Lewis, uma constelação de atrizes talentosas (Judi Dench, Marion Cotillard, Penélope Cruz...), o diretor Rob Marshall do sucesso "Chicago", e ainda, seu roteiro é uma adaptação musical do clássico "8 1/2", de Fellini... Infelizmente, entretanto, o filme não é tudo isso, já que
 não empolga como deveria e a maioria de seus números musicais - que deveriam ser o ponto forte do filme - é arrastada... 

O protagonista Guido Contini (Day Lewis) é a concepção moderna do Guido Anselmi, interpretado por Marcello Mastroiani em "8 1/2", que recorre às mulheres que passaram em sua vida como inspiração para escrever o roteiro de seu novo filme. Porém, o que Fellini conseguiu transformar em poesia, Rob Marshall transforma em clichês, estereótipos e obviedades. Tudo em "Nine" é dito e mostrado... e nada é deixado para o público viajar e se emocionar. A procura de Guido por inspiração nas mulheres de sua vida, que é interessante no começo da trama, torna-se repetitiva e cansativa no decorrer da história. Assim, ele passa por Carla, sua amante (Penélope Cruz, linda como sempre); Luisa, sua esposa (Marion Cotillard); sua falecida mãe (Sophia Loren); a atriz e musa Claudia (Nicole Kidman); a jornalista Stephanie (Kate Hudson); a figurinista e sua colaboradora Lilli (Judi Dench); e a prostituta Saraghina (Fergie) - cada uma delas responsável por um número musical.

Já que falei nos números musicais, o mais bonito com certeza é o encenado por Fergie, "Be Italian". O de Kate Hudson, com a música "Cinema Italiano" também é bastante empolgante. Judi Dench é outra que se sobressai (afinal ela é a Judi Dench, né?) e nos brinda com uma ótima sequência com a música "Folies Bergère". E a música que concorre ao Oscar, "Take It All", cantada por Cotillard é uma sequência bonita e sexy, mas não tem nada que a torne a favorita ao prêmio.

A fotografia do filme é belíssima. A direção de arte e o figurino são espetaculares. Porém, a direção de Marshall não mostra o mesmo dinamismo que em "Chicago", e apesar de alguns momentos inspirados (principalmente nas sequências musicais), o filme perde ritmo e não se sustenta até o filnal, tornando-se cansativo.

Vale a pena lembrar que este filme também foi encenado na Broadway (com o mesmo título) e teve Antonio Banderas como seu protagonista, o que valeu ao ator ótimas críticas. Já aqui, Daniel Day Lewis está apático e longe das grandes atuações que tem o costume de nos oferecer.

Bom, se você gosta de musicais modernos eu indicaria "Chicago" ou "Moulin Rouge"; se é fã de Daniel Day-Lewis, veja qualquer um de seus filmes antes desse; se se interessou pela história, prefira "8 1/2" sem pestanejar; se o motivo para ver este filme é a beleza estonteante de Penélope Cruz, prefira "Volver" ou "Vicky Cristina Barcelona", onde a atriz está bem mais sensual (e são filmes melhores)...

É, realmente está difícil achar uma boa razão para ver "Nine"... talvez sua músicas... vou pensar sobre isso.


por Melissa Lipinski
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Vou ser direto ao que gostei e não gostei.

Gostei da fotografia, muito boa e expressiva. Gostei de algumas músicas e apresentações, me chamando a atenção a da Judi Dench e da Fergie. Quanto à atuação, só a Marion Cotillard está boa, o restante segue mediano.

Das danças a mais interessante é a da Fergie. Realmente nos fixa na tela.

No mais achei o filme com um ritmo chato, me incomodou o fato de não falarem italiano, me incomodou o fato das legendas das músicas cantadas em francês ou italiano não serem traduzidas, e por ai vai.

Não consegui entrar na onda do filme. Fiquei curtindo a foto e o uso do espaço cênico.

Só isto.


por Oscar R. Júnior




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