quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Lobisomem

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Lobisomem, O (The Wolfman, 2010)

Estreia Oficial: 10 de fevereiro de 2010
Estreia no Brasil: 12 de fevereiro de 2010
IMDb



"O Lobisomem" é uma decepção. Não vou me estender muito pois não gostei do filme. São clichês em cima de clichês.

Um roteiro fraco e mais furado do que um queijo suíço. Um personagem principal (Benicio Del Toro) unidimensional e sem motivações. Um romance forçado e inverossímil. Anthomy Hopkins no 'piloto automático', oferecendo uma das piores atuações de sua carreira. Um desfecho ridículo e decepcionante. Lobisomens que parecem Chewbacas (de "Star Wars")... a lista é longa.

Ok, mas nem tudo é ruim... A fotografia é muito bonita, e em alguns momentos, chega a parecer um preto-e-branco. A direção de arte é boa, com sua caracterização de época. E os efeitos visuais são convincentes, pelo menos na transformação de Del Toro em lobisomem... porém em outros momentos, o CG é percebível e não convence, como nas cenas em que vemos o lobisomem correndo como um lobo.

E Del Toro e Emily Blunt, ótimos atores, nada podem fazer, pois seus personagens são terríveis e caricatos. Além do seu envolvimento que, como já falei, não tem porquê acontecer, eles se apaixonam sem nenhum motivo, não se conhecem e já são apaixonados um pelo outro...

Enfim, perda de tempo!


por Melissa Lipinski
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O filme começa muito bem, escuro e sombrio. A apresentação das personagens é interessante e a primeira aparição do lobisomem foi legal: só se vêem os vultos e sombras do lobisomem nesse início de filme, dando um bom suspense de por onde ele vai atacar a próxima pessoa. A partir do momento que aparece o "rosto" do lobisomem, o filme foi saindo da linha.

Os efeitos usados para a transformação do Benicio del Toro para lobisomem foram interessantes, mas o flerte entre ele e a Emily Blunt foi regado a clichês.

Mas o final foi o que matou tudo. A mocinha quer salvar o amado, e para isto faz extensas pesquisas sobre lobisomens. Sim, ela quer salvá-lo dessa maldição. Quando vai ao seu encontro nos faz pensar que tem alguma coisa em mente. Não tinha. Ela o salva de ser alvejado por uma bala de prata e minutos depois ela mesma o mata. Final nada a ver. E ainda por cima todos deixam o Hugo Weaving vivo, obviamente para se ter uma continuação.

Eu tenho uma sugestão pro final, bem melhor: A Emily Blunt não pesquisa nada, mas vai ao encontro do Benicio del Toro para tentar salvá-lo e o defende do policial. Corre para o mato. Atira no lobisomem. Após isso, quando ele pega o braço dela, ele o arranha, transmitindo a maldição para ela. Ela esconde o machucado quando chegam as outra pessoas, mas ao ver o Hugo Weaving sangrando, atira nele para matá-lo logo antes que se torne lobisomem. Que acham?

O filme? Não recomendo.


por Oscar R. Júnior


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