sábado, 16 de janeiro de 2010

O Mensageiro

ATENÇÃO: O texto pode conter citações sobre o desenrolar do filme. Caso não tenha visto o filme ainda, tenha cuidado ou o leia após assisti-lo.

Mensageiro, O (The Messenger, 2009)

Estreia Oficial: 19 de janeiro de 2009
Estreia no Brasil: 3 de outubro de 2009
IMDb



Apenas algumas considerações sobre este filme do qual gostei bastante.

“O Mensageiro” é um filme de guerra tratado sob uma perspectiva diferente. Não há batalhas, tiroteios, bombardeios, etc. Mostra a rotina de dois oficiais do exército norte-americano que são os encarregados de dar às famílias das vítimas, a triste notícia sobre a morte de soldados durante a Guerra no Iraque. E o filme é bastante eficiente ao que se propõe. É mais um drama do que um filme de guerra propriamente dito.

O filme é totalmente baseado nas atuações. E essas não decepcionam, principalmente da dupla principal, Ben Foster e Woody Harrelson. Os dois desempenham atuações viscerais, repletas de emoção. Eu diria até que Harrelson tem o papel de sua carreira aqui... e, se este não fosse o ano de Christoph Waltz (de "Bastardos Inglórios"), ele certamente seria o favorito aos principais prêmios. Há também Samantha Morton, como a viúva de um soldado, que também está muito bem. E uma ponta do sempre competente Steve Buscemi.

É um filme correto, sem muitos floreios. E não precisa, a força de seu roteiro e das interpretações já são o suficiente.

Fica a dica!


por Melissa Lipinski
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Sim, mais um filme que tem como tema de fundo alguma guerra (os outros são “The Hurt Locker” e “Brothers”). Este fala sobre os encarregados de dar a notícia aos familiares dos mortos na Guerra do Iraque.

O Sargento Will Montgomery (Ben Foster) está ótimo. Ele acaba de voltar da guerra após se machucar e está se recuperando ainda, por isso cumpre atividades nos Estados Unidos mesmo. Ele passa a integrar, junto com o Capitão Tony Stone (Woody Harrelson) a equipe de notificação dos mortos em combate. Antes dele começar essa nova missão, percebe-se que ele é totalmente fechado, ríspido com as pessoas. Isto vai mudando um pouco durante o filme e durante a convivência com seu companheiro de missão.

Woddy Harrenson merece atenção neste filme, ele está espetacular. Sendo um capitão linha dura, parecendo não ter compaixão por nada nem ninguém, com o passar do filme se mostra bastante frustrado e debilitado afetivamente. As cenas das notificações em si são fortes. Pessoas chorando desesperadas como Dale Martin (Steve Buscemi), os xingando, cuspindo neles e culpando-os pela morte do filho, passando pela mãe que perdeu o filho ou o pai que recebe a noticia da morte da filha e fica desesperado olhando para a neta brincando inocentemente.

Gostei muito da cena em que Foster e Harreson contam como foram os momentos de guerra de cada um (um no Vietnam e o outro no Iraque). Nesta cena, o mais velho confessa que a guerra era só festa e diversão, porque não confrontaram ninguém; o outro admite que quando estavam sendo alvejados por atiradores de longa distância no Iraque, ele tentou refugiar alguns colegas em lugares seguros e colocou um deles encima de uma bomba que veio a explodir. Foi neste momento que se machucara, após um tempo quando estava no hospital veio um superior o parabenizando por ser um herói de guerra por ter salvo a vida de alguns companheiros. Após essas confissões, o personagem do Woddy Harrenson chora como uma criança, sem falar nada, somente chora. Muito boa essa cena. Chocante.

Recomendo.


por Oscar R. Júnior


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